terça-feira, 19 de julho de 2011

Inventem-se novas palavras

livro em branco
(Imagem: retirada da internet; Autor desc.)


Inventem-se novas palavras

Inventem-se novas palavras,
Fora dos lugares comuns
Que acabamos por pronunciar,
Sem mais palavras para verbalizar.

Inventem-se novas palavras
Quando o silêncio impera
Perante uma alma que desespera…
 
Inventem-se novas palavras
Perante a dor sem esperança
Na resistência à resignação
E negação da condição!

Inventem-se novas palavras
Para servir de anestesia
Perante a martírio que permanece
Quando a dor não adormece!

Na ausência
De neologismos
Fica o silêncio
Invadido
Pelas lágrimas…


Clarisse Silva
19 de Outubro de 2010
© Direitos de autor reservados.

5 comentários:

Fê blue bird disse...

"Inventem-se novas palavras
Para servir de anestesia
Perante a martírio que permanece
Quando a dor não adormece!"

Minha querida amiga, realmente não há palavras que exprimam a dor profunda, aquela que queima a alma...

Um poema lindo embora triste e dorido.

beijinhos

Rogério G.V. Pereira disse...

Dantes...
Dantes era mais assiduo
Devo andar por onde ando
gastando as palavras, distraído

(chego à hora do poema...)

Clarisse Silva disse...

Olá Fê,

Obrigada, companheira da blogosfera.

Beijinhos,
Clarisse Silva

Clarisse Silva disse...

Olá Rogério Pereira,

Seja bem-vindo de volta.
Belas palavras...

Saudações,
Clarisse Silva

Clarisse Silva disse...

Olá Daniel Silva,

Grata pela visita. Volte sempre que quiser.

Saudações,
Clarisse Silva