segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tanta pompa, tão pouca circunstância

Foto: CS

Dá que rir. Rir para não chorar, ao assistir a palavras grandiosas ao serviço do vazio. São escritas, são faladas, tão badaladas na banalidade de vidas caídas no abismo há muito tempo. Vivem no precipício do despenhadeiro adornando suas casas, não se dando conta do ridículo da situação. Os que em volta não olham, nem percebem as grandes rochas que rodeiam esta edificação - fixando o olhar para as luzes a piscar, tal como crianças a olharem para a árvore de Natal -, prontas a tombarem a qualquer momento. Não ousam pensar em sair dali, tão acomodados àquela posição confortável, ganhando no vazio.

Clarisse Silva
17Jan12 © Direitos de autor reservados.

4 comentários:

Fê blue bird disse...

Amiga:
O retrato perfeito da nossa sociedade. ADOREI parabéns!
É bom tê-la de volta!


beijinhos

Evanir disse...

Amiga.
Desejo um feliz final de semana um beijo no seu coração.
Evanir.

Clarisse Silva disse...

Olá Fê,

Agradeço as suas palavras.
Também é bom estar de volta.

Beijinhos,
Clarisse Silva

Clarisse Silva disse...

Olá Evanir,
Um fim-de-semana cheio de paz para si.
Obrigada.
Clarisse Silva