segunda-feira, 28 de junho de 2010
Respira Fundo...
(foto: Clarisse)
Respira fundo,
Quando vires as pessoas
…A morrerem a caminho dos hospitais
...................... Em quilómetros i n t e r m i n á v e i s,
Por nos tirarem o que é nosso.
Respira fundo,
Quando vires os agentes
…A fazerem operação stop
......................A quem anda a trabalhar
E deixa os traficantes a passar.
Respira fundo,
Quando vês os políticos…A fazerem o contrário
.......................,maretemorp euq oD
Ou quando os vires
A pedir desculpa aos portugueses.
Respira fundo,
Quando vês os centros de saúde a abrir
…Em risco de fechar,
Sem médicos para laborar…
Respira fundo,
Quando te vires obrigado a pagarMais e mais impostos
Do pouco (nada) que tens.
Quando vês a crise de alguns
Passeando-se na tecnologia de ponta
No grito que não será último
E respira... fundo… não grites tu
Fica aí nesse teu canto miserávelTens uma elasticidade formidável.
Respira fundo,
Quando pensares nas reformas acumuladas
Dos responsáveis de órgãos públicos.
Respira fundo,
Quando vires a zona verde
Mudar de repente de cor.
Tal como o camaleão,
Poderá haver razão.
Respira fundo,
............... [De alivio]
Quando recebes um Sim!
Respira fundo,
............... [De desolação]
Dito por não dito, Não!
Respira fundo,
Não faças nada.
Nada se faz.
Faz-se o que é nada.
Nada é o tudo do vazio
É o vazio do conteúdo
Que não é nada
Que é TUDO!
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Clarisse Silva
© Direitos de autor reservados.
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8 comentários:
Sim amiga...temos que respirar para não explodir... de raiva perante tanta injustiça.
Continue a respirar poesia de intervenção, que tanta falta faz neste país.
Um beijinho
Fê
Olá Fê,
É verdade, é preciso respirar fundo para não explodir perante tanta coisa...
Grata pela visita!
Beijo
Clarisse
Clarisse,
Respiro fundo para aplaudir em pé tão verdadeira e sentida poesia!
Parabéns! Beijos
Flávia Flor
Olá Flávia,
Uma alegria a sua visita.
Temos que denunciar, não dá para ficar calada e quieta perante tanta injustiça!
Agradeço as palavras e deixo-lhe um beijinho.
Clarisse.
Já ando há décadas a respirar fundo...
E nunca mais vejo o fundo...
do túnel...
Beijinho
Olá, belo poema...Espectavular....
Beijos
Olá Vieira Calado,
De facto, é triste... este respirar fundo incessante, que observa o rumo dos acontecimentos, muitas vezes sentimo-nos impotentes perante o poder na sua forma mais arbitrária. A assim se vai andando neste país. Muito grata pelo seu comentário!
Beijinhos,
Clarisse
Olá Fernando,
Agradeço a sua passagem novamente. Volte sempre!
Beijinhos,
Clarisse
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