quarta-feira, 6 de outubro de 2010

No pairar no delírio das estrelas - Dedicado a Dolores Marques



Há uma compreensão avançada
A léguas deste tempo.


Há um desmistificar num novo olhar
Da existência antes de cá chegar.


Há na leveza da Luz,
A melancolia de aqui se encontrar
Com a certeza de presenciar,
Ao esgotamento dos recursos
Ao reorientar do pensamento
E a chegada de um novo estado.


Há uma Luz intensa a cintilar
Uma viagem garantida ao apreciar
O sentido da vida e do universo
Tomam a forma de um verso!

No pairar no delírio das estrelas
O deslumbramento redescoberto.


Amálgama de emoções,
Ponto de partida da vida
Ponto na viragem nascida
Do princípio do fim.


O verso,
É beijo no centro energético
No sexto sentido,
Em sentido do universo.


O verso,
É o despertar para o além
Na força a brotar
E na queda no cansaço.


Há, para além de tudo
O tudo que é o além
Da existência…
Os versos que nos beijam
E que tentam despertar,
A realidade oculta.


Há constelações,
Há emoções!
Há a força das marés
Na esperança que nos conduz
E nos bombeia de Luz!




8 comentários:

Mª Dolores Marques disse...

Ônix- Se eu pudesse dizer-te de mim num tempo e que era mil e mais mil, e mais mil estrelas a baixar a luz, a reluzir por dentro e por fora de mim, trazia-te todo o meu universo estrelar. Mas linda Clarisse - estrela cadente no meu olhar, só posso dizer-te de uma força a tentar alcançar metas, metas inatingíveis aqui, mas que estão lá bem dentro desse novo olhar de que falas, quase, quase a atingir a grande e agitada era.

Dakini – Seria só preciso um momento nosso, para que as duas pudéssemos atingir as novas fases de uma lua em estado crescente, e na noite seríamos mais do que um movimento estrelar. Seríamos o todo a tentar, atingir o horizonte dos teus olhos.

Epifania – Há olhares assim que de tanto esmiuçaram o ar ficam cegos. Se a Ônix quiser empresto-lhe um dos meus olhos que estão ainda em fase de rescaldo. Será um momento daqueles, quando se virar ao contrário e conseguir atingir metas mais de acordo com o seu rastejar. O que vale é que ela coloca-se breve, muito breve, na posição horizontal.

Ainafipe – Tens razão, empresta-lhe um dos teus, que eu empresto-lhe um dos meus. Quanto a ser um movimento, só se ela conseguir circundar todos os movimentos que a tentam destabilizar. A orientação para cima é um acto de boa vontade e de olhar em frente. Será que esse olhar atinge todos as metas inatingíveis num abrir e fechar de olhos? Duvido. Há muitas poeiras a formar nuvens na atmosfera. Precisamos dizer-lhe que se acomode nos nossos olhos.

PS: Clarisse, um momento inesperado, é muitas vezes, aquele que traz dentro, um monte de surpresas boas, que nos dizem que há pessoas assim, que em qualquer canto do mundo pensam em nós. E o pensamento atinge um novo movimento que a dois, se multiplica ao dizer-se e fazer-se ouvir…

Obrigada em meu nome e de outros três…4?

Ônix/Dakini/Epifania &Ainafipe


Muito, muito obrigada, linda Clarisse

Dolores Marques


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Fê blue bird disse...

Amiga Clarisse:
O que posso acrescenta à beleza do vídeo, do poema e do comentário anterior.
Sinto-me pequena demais para tanta grandeza e talento,não, não é inveja é orgulho de estar aqui.

"Há constelações,
Há emoções!
Há a força das marés
Na esperança que nos conduz
E nos bombeia de Luz!"

LUZ, MUITA LUZ!

Beijinhos


Ps: Ando com muita falta de tempo, mas assim que puder vou ao luso-poemas, dp digo-lhe.

Clarisse Silva disse...

Dolores:
O universo estrelar das unhas que se roeram, das noites que se passaram sem sono, no sonho para além dos limites no novo rumo, uma inatingível constelação abrange a nossa pequenez, aqui. Ao contrário do que se poderia supor à primeira reflexão, a opressão não acontece, antes uma epifania da nova era, pela qual as nossas entranhas se rasgam nos suplícios do peso material que se suporta. O conhecimento do desconhecimento faz sede, fome, rodopios em movimentos ziguezagueantes ao sabor de sons sem formas ou normas. O estado original é mesmo ali, no infinito que mora aqui. A simplicidade do Ser poderia ser o caminho triunfante, mas as nuvens e poeiras poluem os nossos olhos físicos, e não sabemos dos outros… Outros caminhos surgem, paralelos, mais longos, outros sem saída.

Querida poeta, é apenas um pouco do mundo que sinto quando a leio…

Ônix/Dakini/Epifania&Ainafipe, beijos e abraços!
Clarisse Silva


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Anónimo disse...

Clarisse; Lindissimo o poema e video que dedicaste a Dolores Marques, fiquei encantado com a forma com que escreveste este tão lindo poema.
Beijos
Santa Cruz

Clarisse Silva disse...

Olá Fê,
Foi muito bom escrever este poema, embalada pela escrita transcendental de Dolores Marques.
Eu também tenho orgulho que a Fê esteja aqui, acredite! Bondade a sua, são apenas pequenos ciscos... amostras... de Luz.
Beijinhos e que esse orgulho se mantenha.
Clarisse Silva

Clarisse Silva disse...

Olá Santa Cruz,

Parece que todos os estes comentários são muito especiais, o seu também é! Obrigada!

Saudações,
Clarisse Silva

Vitor disse...

Descobrir este cantinho,com tão bonito poema,foi muito bom...visita ficarei pela certa!

Bj*

Clarisse Silva disse...

Olá Victor,
E será uma visita bem vinda. Seja bem vindo ao meu cantinho.
Saudações,
Clarisse Silva