terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gelo

(imagem retirada da internet; autor desc.)


Gelo

         É amargo. É amargo o sabor dos actos alheios perante as nossas dificuldades, alheios ao sangue que corre nas veias. É amargo o sabor de se saber que estará presente perante a grande adversidade, quando na pequena não se quer saber. É amargo o distanciamento, a parede de gelo que não derrete, apesar das palavras quentes ouvidas quando algo se queda no altar, quedando-se apenas na imaginação, pois que elas saem como pedra a saltar por cima da água, batendo até chegar a uma nova terra, ainda mais longínqua. Tenho frio, tenho frio pela temperatura que faz lá fora, e pela temperatura que se apega junto desta parede de gelo.


Clarisse Silva
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4 comentários:

Fê blue bird disse...

Minha amiga:
Uma descrição comovente.
Hoje, inexplicavelmente ou talvez não, sinto-me exactamente assim.
Só um abraço amigo poderá derreter este gelo.
O seu já recebi, o meu está aqui!

beijinhos

Anónimo disse...

Clarisse; Muito bela esta tua descrição, estive ausente desde o dia 30 até ontem, mas agora estou de volta para continuar a fazer as minhas visitas e escrever mais alguma coisa.
Beijos
Santa Cruz

Clarisse Silva disse...

Olá Fê,

Ele há dias de tudo, de facto...
Muito obrigada!
Beijinhos
Clarisse

Clarisse Silva disse...

Olá Santa Cruz,
Então seja bem-vindo de volta. Tenho um Feliz Natal!
Saudações,
Clarisse