(imagem retirada da internet; autor desc.)
Gelo
É amargo. É amargo o sabor dos actos alheios perante as nossas dificuldades, alheios ao sangue que corre nas veias. É amargo o sabor de se saber que estará presente perante a grande adversidade, quando na pequena não se quer saber. É amargo o distanciamento, a parede de gelo que não derrete, apesar das palavras quentes ouvidas quando algo se queda no altar, quedando-se apenas na imaginação, pois que elas saem como pedra a saltar por cima da água, batendo até chegar a uma nova terra, ainda mais longínqua. Tenho frio, tenho frio pela temperatura que faz lá fora, e pela temperatura que se apega junto desta parede de gelo.
Clarisse Silva
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4 comentários:
Minha amiga:
Uma descrição comovente.
Hoje, inexplicavelmente ou talvez não, sinto-me exactamente assim.
Só um abraço amigo poderá derreter este gelo.
O seu já recebi, o meu está aqui!
beijinhos
Clarisse; Muito bela esta tua descrição, estive ausente desde o dia 30 até ontem, mas agora estou de volta para continuar a fazer as minhas visitas e escrever mais alguma coisa.
Beijos
Santa Cruz
Olá Fê,
Ele há dias de tudo, de facto...
Muito obrigada!
Beijinhos
Clarisse
Olá Santa Cruz,
Então seja bem-vindo de volta. Tenho um Feliz Natal!
Saudações,
Clarisse
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