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De casulos a paredes de gelo, tudo vai dar no mesmo. Preciso
de reanimação! Sobrevivi a ventos ciclónicos, a chuva torrencial, a rios que
galgaram as margens e transformaram estradas em leitos e refugiei-me num
cubículo no topo de uma montanha. Quando tentava relaxar, a terra
desaparecem-me dos pés e vi-me acompanhando uma avalanche por ali abaixo, como
quem desliza num mergulho no mar. Por instantes, vi as preocupações fúteis dos
humanos se amontoando naqueles escombros, as misérias humanas se afundando, ao
mesmo tempo que outros assistiam ao mesmo que eu. Por instantes foi notório,
vários olhares se cruzarem em pensamentos comuns. Ninguém parecia dar
importância ao facto dos seus próprios corpos estarem prestes a desaparecer… Os
erros do passado de forma individual e a sua repercussão na colectividade,
assombravam ainda mais que o próprio cenário de destruição. Todos pareciam se
resignar perante tal situação, como compreendendo que só estaríamos a colher
todo o desrespeito que (durante séculos), infligimos ao mundo que nos foi dado
para viver.
Clarisse Silva
30 Mai 12 © Direitos de autor reservados.
4 comentários:
Um belo e profundo texto onde mostra que colhemos o que plantamos.Parabéns.
Olá Arnoldo,
Grata pela presença.
Saudações,
Clarisse Silva
Amiga Clarisse:
Este belíssimo texto mostra toda a sua força de viver, e reanima!
Parabéns!
beijinhos
Olá Fê!
Muito obrigada!
Beijinhos,
Clarisse Silva
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